O Conselho de Segurança das Nações Unidas terá uma reunião de chanceleres na próxima quinta-feira (21) para tratar da proliferação de armas de destruição em massa e, mais especificamente, da ameaça nuclear norte-coreana - disseram diplomatas neste sábado (16).
O encontro foi convocado pelos Estados Unidos e acontecerá em paralelo à Assembleia Geral da ONU, que começa na terça-feira com a esperada presença de 129 chefes de Estado e de Governo.
O objetivo da reunião é "discutir maneiras, por meio das quais o Conselho de Segurança pode melhorar o cumprimento das resoluções que adotou para prevenir a proliferação das armas mais perigosas do mundo", justifica uma nota de preparação para o encontro redigida por Washington e obtida neste sábado pela AFP.
Durante a reunião do Conselho, os países vão discutir os meios para conter a tecnologia nuclear e balística "dos atores mais perigosos do mundo".
Esta semana, o órgão adotou, por unanimidade, uma nova bateria de sanções contra a Coreia do Norte, ao proibir suas exportações têxteis, congelar as permissões de trabalho de cidadãos norte-coreanos no exterior, além de limitar seu fornecimento de petróleo.
O impacto real das sanções dependerá, sobretudo, do nível de adesão da China, principal sócio comercial de Pyongyang, assim como da postura da Rússia, que acolhe milhares de trabalhadores norte-coreanos.
Na sexta-feira, a Coreia do Norte disparou um míssil de médio alcance do tipo Hwasong-12, que sobrevoou o Japão antes de cair no oceano Pacífico. A medida foi uma resposta às sanções da ONU.
Em uma reunião ontem, o Conselho de Segurança "condenou firmemente" o lançamento, mas não lançou novas sanções ao regime de Kim Jong-un.