Um casal pernambucano estava dentro do hotel Mandalay Bay, em Las Vegas, local de onde partiram os disparos que deixaram 59 mortos e mais de 500 feridos na noite do último domingo (1º). O ataque foi realizado pelo americano Stephen Paddock, hospedado no 32º andar. Do seu quarto, ele atirou contra uma multidão que assistia a um show de música country ao ar livre.
Os médicos Filipe Aragão e Juliana Felix, grávida de cinco meses, assistiam ao show "Michael Jackson One", promovido pelo Cirque du Soleil na parte interna do hotel.
"Cerca de uma hora após o início, o espetáculo foi interrompido. Primeiro, informaram que o motivo era um problema técnico e correu uma história de ataque na parte do cassino. Mas após uma hora e meia de espera a polícia comunicou sobre o tiroteio e pediu que ficássemos sentados.", contou Filipe.
Segundo ele, uma equipe da Special Weapons And Tactics (SWAT) entrou no local e garantiu que qualquer ameaça seria rechaçada.
Apesar do susto, Filipe garante que conseguiu se manter tranquilo durante as quatro horas de espera. "Enquanto estávamos lá, nos garantiram que qualquer necessidade seria atendida. Se precisássemos de água, comida ou tomar algum remédio. Qualquer coisa seria providenciada", disse. Ele ainda explica que a demora para sair foi porque a retirada do público do teatro ocorreu por uma porta lateral apenas após a evacuação total do hotel.
Ao ver a cidade depois do ataque, Filipe considerou como uma cena de filme. "Era impressionante. Eu sou médico, mas nunca tinha visto tantas ambulâncias juntas, fora os vários carros de polícia na área".
No dia seguinte ao ataque, o pernambucano destacou o esquema de segurança montado na Las Vegas Strip, principal avenida da cidade. "É uma via com vários hotéis e todos tem viaturas posicionadas na entrada". Ele ainda relembra que depois do ataque um cerco foi montado em todo o perímetro da avenida.