Equipes de emergência e mais de 500 soldados do Exército da Somália continuam hoje (16) com os trabalhos de resgate para tentar encontrar sobreviventes entre os escombros dos edifícios destruídos nos atentados de sábado em Mogadíscio. De acordo com o balanço mais recente, 315 pessoas morreram. As informações são da agência de notícias espanhola EFE.
As famílias se amontoam nas áreas próximas às explosões e nos hospitais com a esperança de encontrar parentes entre os mais de 400 feridos ou pelo menos conseguir identificar algum dos corpos, uma tarefa árdua, já que muitos morreram queimados.
"Quase todas os feridos estão em estado grave. O horror é indescritível", afirmou uma enfermeira do Hospital Medina à emissora Shabelle.
Até agora, 25 corpos foram removidos e acredita-se que o número de vítimas continue crescendo.
O ministro de Informação, Abdirahman Osman Yariisow, informou que a campanha de doação de sangue para os hospitais está sendo bem-sucedida.
Entre os doadores estava Muktar Robow, ex-porta-voz da organização terrorista Al Shabaab, organização que o governo, meios de comunicação e especialistas acusam de estar por trás do ataque, apesar de ninguém ter reivindicado a autoria até o momento.
Robow, também conhecido como Abu Mansur, condenou o atentado e pediu para que os somalis resistam na luta contra os jihadistas.