Grupo de Lima exige 'auditoria' urgente de eleições na Venezuela

A situação venezuelana venceu 17 das 23 governos em disputa
AFP
Publicado em 17/10/2017 às 17:46
A situação venezuelana venceu 17 das 23 governos em disputa Foto: Foto: FEDERICO PARRA / AFP


Os doze países da América que integram o chamado "Grupo de Lima" exigiram nesta terça-feira (17) a realização urgente de uma "auditoria independente" de todo o processo eleitoral venezuelano.

Em declaração conjunta, os governos de Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru "consideram urgente que se realize uma auditoria independente de todo o processo eleitoral, com o acompanhamento de observadores internacionais especializados e reconhecidos".

O texto adiciona que com isso se busca "esclarecer a controvérsia gerada sobre os resultados deste comício e conhecer o verdadeiro pronunciamento do povo venezuelano".

A situação venezuelana venceu 17 das 23 governos em disputa - o último o poder eleitoral se atribuiu, mas ainda não fez o anúncio.

Embora tivesse 20 antes das eleições desse domingo (15), o governo de Nicolás Maduro considerou o resultado como uma grande vitória, pois as pesquisas de opinião davam a oposição como franca favorita nestas eleições.

O Grupo de Lima foi criado em agosto passado na capital peruana, em ato durante o qual seus integrantes condenaram a "ruptura" da ordem democrática na Venezuela  e desconheceram a Assembleia Constituinte impulsionada pelo presidente Nicolás Maduro, cuja eleição em julho foi acusada de fraudulenta pela oposição e é desconhecida pelos governos da América e da Europa.

Os Estados Unidos, a França e a União Europeia (UE) já tinham expressado sua preocupação pela "ausência" de eleições livres após as eleições venezuelanas.

A oposição venezuelana, que arrasou nas parlamentares de 2015, parece ter perdido o apoio de parte de seus seguidores, decepcionados após não terem conseguido tirar Maduro do poder com quatro meses de protestos que deixaram 125 mortos entre abril e julho.

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