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Iraque anuncia a suspensão do bloqueio aéreo sobre o Curdistão

Bloqueio aéreo no Curdistão iraquiano foi imposto em resposta ao referendo de independência na região

AFP
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Publicado em 13/03/2018 às 11:24
Foto: Safin Hamed/AFP
Bloqueio aéreo no Curdistão iraquiano foi imposto em resposta ao referendo de independência na região - FOTO: Foto: Safin Hamed/AFP
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As autoridades iraquianas anunciaram nesta terça-feira (13) o fim de quase seis meses de bloqueio aéreo no Curdistão iraquiano, imposto em resposta ao referendo de independência realizado nessa região autônoma.

Os aeroportos de Erbil e Solimania estão de novo abertos para voos internacionais, segundo informou o primeiro-ministro iraquiano Haider Al Abadi.

A decisão foi tomada depois que as autoridades locais do Curdistão aceitaram que as centrais iraquianas recuperassem o controle dos dois aeroporto, segundo o comunicado oficial.

A suspensão do bloqueio será aplicada durante os próximos dias, disse à AFP Saad al Hadithi, porta-voz do gabinete do premiê.

"Dependerá do tempo que for preciso para que os funcionários do governo central comecem a trabalhar nos aeroportos", acrescentou.

Referendo de independência

No final de setembro, depois da realização do referendo de independência organizado por Erbil, capital da região autônoma, contrariando as autoridades iraquianas, Bagdá exigiu o controle dos aeroportos e postos de fronteira situados no Curdistão.

Também enviaram tropas para recuperar as zonas disputadas nas quais os combatentes curdos foram se posicionando com o passar dos anos, principalmente desde o caos criado em 2014 pela ofensiva do grupo Estado Islâmico (EI). 

O Curdistão perdeu assim seus recursos petroleiros da província de Kirkuk.

Bagdá reclamava o controle no Curdistão de temas como passaportes e permissões de residência, assim como das alfândegas e tarifas alfandegária.

Erbil cedeu sobre este último ponto e o controle da segurança dos aeroportos era o que ficara pendente.

Desde o início do bloqueio, todos os voos do Curdistão com destino a outros países transitavam por Bagdá e os estrangeiros tinham de solicitar visto às autoridades federais, algo que não acontecia antes.

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