A Universidade do Estado de Michigan (MSU), onde trabalhava o agressor sexual Larry Nassar, anunciou ter chegado a um acordo para pagar 500 milhões de dólares de indenização às vítimas do ex-médico da equipe de ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics).
O compromisso assinado com os advogados representantes de 332 vítimas foi um "acordo global", explicou a MSU, pondo um fim às reivindicações judiciais contra funcionários da universidade envolvidos no maior escândalo de abusos sexuais da história do esporte americano.
O acordo não inclui as reivindicações contra a USA Gymnastics, contra o Comitê Olímpico americano e os técnicos de ginástica Bela e Marta Karolyi, entre outros, e não encerra uma investigação penal sobre a participação da universidade no comportamento de Nassar.
Nassar foi sentenciado em janeiro a passar a vida atrás das grades, depois de se declarar culpado de abusar sexualmente de mulheres e crianças ao longo de duas décadas, com o pretexto de estar realizando exames e tratamentos médicos nas atletas.
"É a sincera esperança de todas as sobreviventes que o legado deste acordo seja uma reforma institucional de grande alcance que colocará fim à ameaça de agressão sexual no esporte, nas escolas e em toda nossa sociedade", declarou o advogado John Manly, que representa a muitas das vítimas.
O escândalo é o maior da história do esporte olímpico americano e teve enorme repercussão.