O presidente Vladimir Putin substituiu nesta quinta-feira o chefe da estratégica agência espacial russa Roskosmos, afetada nos últimos anos por uma série de contratempos, e nomeou o ex-vice-primeiro-ministro Dmitry Rogozin.
Rogozin é conhecido por suas declarações virulentas contra os ocidentais e é alvo de sanções dos Estados Unidos, importante parceiro da Rússia no setor espacial.
Até a semana passada ele estava encarregado de supervisionar o complexo militar-industrial. Agora ele vai substituir Igor Komarov, no cargo desde 2015.
"Farei todo o possível e tudo o que for necessário para justificar sua confiança", declarou Rogozin após sua nomeação, segundo imagens transmitidas pela TV pública Rossia 24.
Em dezembro de 2017, perdeu brevemente o contato com o primeiro satélite de telecomunicações angolano lançado do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, antes de recuperar a conexão. Mas sua viabilidade a longo prazo permanece incerta.
Um mês antes, no mesmo ano, perderam o contato com o satélite meteorológico Meteor e vários outros pequenos satélites lançados a partir do cosmódromo Vostochny, que a longo prazo deve substituir o de Baikonur e cuja construção custou entre 300 e 400 bilhões de rublos (4 a 5,3 bilhões de euros).
A Rússia, no entanto, permanece na vanguarda no campo espacial, já que pois possui os únicos foguetes capazes de transportar e trazer tripulações da Estação Espacial Internacional (ISS), para a qual também fornece o módulo principal.
A ISS, que é um exemplo excepcional de cooperação russo-americana e está em órbita terrestre desde 1998.