O exército israelense anunciou neste domingo (15) ter realizado um novo ataque aéreo contra alvos do movimento islamista Hamas na Faixa de Gaza por represália aos disparos de projéteis na direção do sul de Israel. Na véspera, o Hamas anunciou ter fechado um acordo de cessar-fogo depois de importantes bombardeios israelenses contra o encrave palestino.
No entanto, o exército israelense anunciou neste domingo que, a partir de Gaza, foram disparados dois projéteis contra o território israelense sem que houvesse danos ou vítimas. No total, cerca de 200 foguetes e morteiros foram disparados durante o fim de semana contra Israel da Faixa de Gaza, deixando quatro feridos, segundo o exército israelense.
Os bombardeios de sábado cobraram a vida de dois adolescentes de Gaza, um dia depois de violentos enfrentamentos na fronteira entre Israel e este encrave, nos quais morreram um palestinos e centenas de personas ficaram feridas.
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Israel não confirma
O Hamas anunciou no sábado (14) uma trégua para acabar com os ataques aéreos contra a Faixa de Gaza e os disparos de foguetes em direção ao território israelense, após os bombardeios mais importantes contra o enclave palestino desde a devastadora guerra de 2014. A mediação do Egito permitiu o cessar-fogo, declarou o porta-voz do Hamas Fawzi Barhoum. Já o Exército hebreu não comentou o comunicado.
Segundo declarações em "off" de uma fonte da ONU, o enviado especial das Nações Unidas no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, se encontrava no sábado na Faixa de Gaza, onde "trabalhava com todos os atores afetados para acalmar a situação".
Os ataques se seguiram a uma sexta-feira de violentas manifestações na faixa que separa Israel do encrave palestino. Um jovem palestino morreu, e centenas ficaram feridos. Os ataques aéreos de sexta à noite ocorreram quase simultaneamente com o lançamento de foguetes e morteiros da Faixa de Gaza no sul de Israel.
Antes do anúncio da trégua, o general da Força Aérea Tzvika Haimovic declarou que a campanha aérea "maciça" iria continuar, sem especificar seus objetivos. "Estamos preparados para todos os cenários possíveis", garantiu.
Desde o dia 30 de março, a Faixa de Gaza é palco de protestos contra o bloqueio israelense e pelo direito de regresso dos palestinos às terras das quais fugiram, ou foram expulsos, com a criação de Israel, em 1948.
Os soldados israelenses já mataram 140 palestinos desde que começou a mobilização.
