Uma semana depois do início de dois gigantescos incêndios que atingem a Califórnia, o número de pessoas desaparecidas por causa aumentou dramaticamente e subiu para 631 nesta sexta-feira (16). O número de mortos no "Camp Fire", o incêndio florestal mais letal da história do estado na costa oeste dos Estados Unidos, subiu para 63, depois que as autoridades encontraram mais sete corpos na quinta-feira (15). Outras três foram mortas pelo Woolsey Fire, no sul do estado.
O condado de Butte, no norte do estado, onde acontece o incêndio batizado como "Camp Fire", que com 63 vítimas mortais já é o mais mortífero da história californiana, atualizou na noite desta quinta-feira (15), a lista de pessoas desaparecidas para 631. O número é mais que o dobro do registrado pela manhã e quase cinco vezes maior que na quarta-feira (14).
As outras três mortes aconteceram no incêndio que atinge o sul do estado, perto de Los Angeles, e onde as autoridades declararam que não há informação de nenhuma pessoa desaparecida.
A maioria dos desaparecidos vive em Paradise, cidade de 26 mil habitantes que foi destruída pelas chamas. O município fica aos pés da Sierra Nevada, em meio a um clima seco e ensolarado que no último meio século atraiu muitos aposentados. A maioria das pessoas que aparece na lista de desaparecidos tem mais de 60 anos.
Os bombeiros, por sua parte, conseguiram avançar e controlaram 40% do incêndio após alguns dias com os trabalhos praticamente estancados por conta das condições meteorológicas desfavoráveis
De acordo com os cálculos mais recentes, o "Camp Fire" queimou um total de 10.321 edifícios (8.650 deles imóveis particulares) e afetou 56.655 hectares.
O governador da Califórnia, Jerry Brown, e o secretário de Interior americano, Ryan Zinke, visitaram nesta quarta a área afetada e prometeram auxílio estadual e federal para ajudar nas tarefas de recuperação.
No próximo sábado, o presidente Donald Trump deverá visitar o Estado para se reunir com pessoas afetadas pelas chamas.
Os efeitos do fogo alcançam a área da baía de São Francisco, de sete milhões de pessoas e a 280 quilômetros de distância do incêndio, onde desde a última semana está ativo um alerta pela má qualidade decorrente da fumaça. (Com agências)