A primeira-dama da França, Brigitte Macron, agradeceu internautas brasileiros por uma campanha em seu apoio na internet. Em português, ela disse "muito obrigada" pelas mensagens com a hashtag #DesculpaBrigitte.
As mensagens passaram a ser enviadas após o presidente Jair Bolsonaro usar seu perfil na rede social Facebook para publicar uma mensagem com risadas após um comentário ofensivo sobre a esposa do presidente francês, feito por um de seus seguidores.
"Duas palavras para os brasileiros e brasileiras, em português, espero que me entendam: 'muito obrigada'", disse Brigitte. "Muito, muito obrigada a todos que me apoiaram."
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Campanha
A campanha #DesculpaBrigitte teve início após um dos seguidores da página do presidente postar uma montagem com duas fotos, uma com Macron e Brigitte, e outra de Bolsonaro com sua esposa, Michelle. O comentário foi feito em um post do presidente sobre a Amazônia. "Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro?", escreveu o seguidor.
A página do presidente da República respondeu com a mensagem: "não humilha cara. kkkk". Posteriormente, a resposta foi apagada
O comentário fez com que brasileiros simpáticos a Brigitte postassem mensagem com desculpas à primeira-dama nas redes sociais. ''Espero que me ouçam, fiquei muito emocionada'', disse Brigitte, segundo a imprensa francesa.
Após o episódio, no fim de semana, Bolsonaro negou que tenha ofendido a primeira-dama. O presidente justificou que seu comentário foi um pedido para o responsável não ''falar besteira'' Questionado se pediria desculpas, ele se irritou e não respondeu: ''Se continuar pergunta desse padrão vai acabar a entrevista''.
O caso também gerou uma resposta do presidente da França, Emmanuel Macron, que classificou o comentário como ''extremamente desrespeitoso'' e disse que espera que os brasileiros tenham um presidente que ''se comporte à altura'' do cargo.
Bolsonaro e Macron trocaram farpas desde que a crise de queimadas na floresta amazônica ganhou as manchetes no mundo inteiro. Durante a reunião do G-7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), Macron disse que a Amazônia é um ''bem comum'' e fez um apelo para que a preservação da floresta esteja no topo da agenda do grupo.
O grupo chegou a fechar um acordo para oferecer R$ 83 milhões destinados ao combate contra os incêndios, mas o governo brasileiro negou a ajuda. Posteriormente, Bolsonaro disse que aceitaria o dinheiro se houvesse um pedido de desculpas de Macron.