O Prêmio Nobel de Medicina foi atribuído nesta segunda-feira aos americanos William Kaelin e Gregg Semenza e ao britânico Peter Ratcliffe por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer.
"A importância fundamental do oxigênio é conhecido há muitos séculos, mas o processo de adaptação das células às variações do nível de oxigênio foi durante longo tempo um mistério. O Prêmio Nobel deste ano recompensa pesquisas que revelam os mecanismos moleculares produzidos na adaptação das células ao aporte variável de oxigênio no corpo", destacou a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska em Estocolmo.
"A importância fundamental do oxigênio é conhecido há muitos séculos, mas o processo de adaptação das células às variações do nível de oxigênio foi durante longo tempo um mistério", explica a Assembleia.
Estes mecanismos também estão implicados nos tumores, cujo crescimento depende do aporte de oxigênio ao sangue.
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Kaelin trabalha no Howard Hughes Medical Institute nos Estados Unidos; Semenza coordena o programa de pesquisa vascular no John Hopkins Institute de pesquisas sobre engenharia celular; Ratcliffe é diretor de pesquisa clínica no Francis Crick Institute de Londres e do Target Discovery Institute de Oxford.
Os premiados receberão no dia 10 de dezembro uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 9 milhões de coroas (910.00 dólares), que será dividido.
Após o Nobel de Medicina, na terça-feira será anunciado o prêmio de Física e na quarta-feira o vencedor de Química. Na quinta-feira será a vez de Literatura e na próxima segunda-feira (14) o de Economia.
Na sexta-feira 11 de outubro, em Oslo, será revelado o nome ou nomes dos premiados com o Nobel da Paz.
Últimos vencedores
2019: William Kaelin e Gregg Semenza (Estados Unidos) e Peter Ratcliffe (Reino Unido) por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra la anemia y el cáncer.
2018: James P. Allison (Estados Unidos) e Tasuku Honju (Japão) por suas pesquisas sobre a imunoterapia especialmente eficaz no tratamento de casos de câncer agressivos.
2017: Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young (Estados Unidos) por suas descobertas sobre o relógio biológico interno que controla os ciclos de vigília-sono dos seres humanos.
2016: Yoshinori Ohsumi (Japão) por suas pequisas sobre a autofagia, cruciais para entender como se renovam as células e a resposta do corpo à fome e às infecções.
2015: William Campbell (de origem irlandesa), Satoshi Omura (Japão) e Tu Youyou (China) por terem desenvolvido tratamentos contra infecções parasitárias e malária.
2014: John O'Keefe (Estados Unidos/Reino Unido) e May-Britt e Edvard Moser (Noruega) por suas investigações sobre o "GPS interno" do cérebro, que pode permitir avanços no conhecimento do Alzheimer.
2013: James Rothman, Randy Schekman e Thomas Südhof (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os transportes intracelulares, que ajudam a conhecer de modo mais eficaz doenças como a diabetes.
2012: Shinya Yamanaka (Japão) e John Gurdon (Reino Unido) por suas pesquisas sobre a reversibilidade das células-tronco, que permite criar todo tipo de tecido do corpo humano.
2011: Bruce Beutler (Estados Unidos), Jules Hoffmann (França) e Ralph Steinman (Canadá), por seus estudos sobre o sistema imunológico que permite ao organismo humano se defender de infecções, favorecendo a vacinação e a luta contra doenças como o câncer.
2010: Robert Edwards (Reino Unido), pai do primeiro bebê de proveta, por sua contribuição ao desenvolvimento da fecundação in vitro.