O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, renunciou, nesta segunda-feira (21), à tarefa de formar um novo governo, e o presidente Reuven Rivlin informou que encarregará o opositor Benny Gantz da missão.
Netanyahu anunciou "para o chefe de Estado que renunciava a formar governo", e este manifestou sua "intenção de transferir o mandato (...) o quanto antes (...) para o deputado Benny Gantz".
Leia Também
- Beco sem saída na política em Israel e Netanyahu pressionado após eleições
- Milhares de israelenses protestam contra Netanyahu
- Israelenses votam em legislativas que decidirão futuro de Netanyahu
- Apuração parcial em Israel dá um deputado de vantagem a Gantz sobre Netanyahu
- Grupo protesta contra Bolsonaro em frente à residência oficial de Netanyahu
- Bolsonaro e Netanyahu vão anunciar criação de escritório em Jerusalém
- Em plena campanha, Netanyahu chega aos EUA em busca de apoio de Trump
As eleições legislativas antecipadas de 17 de setembro não permitiram a Netanyahu obter maioria para compor a nova administração - nem sozinho, nem com seus aliados.
O primeiro-ministro em fim de mandato acusou Gantz de ter se recusado a negociar nas condições desejadas por Netanyahu.
Benny Gantz também terá 28 dias para formar um governo, uma tarefa que se anuncia difícil.
Até o momento, todas as tentativas de formar um governo de coalizão foram frustradas.
O partido Azul e Branco de Gantz indicou em um comunicado que "o tempo de andar dando voltas terminou, agora é o momento de agir".
"O Azul e Branco está decidido a formar um governo de união liberal, liderado por Benny Gantz, em quem o povo de Israel votou há um mês", segundo a formação.
Com o termo "liberal", a formação dava indícios de que limitará a influência dos partidos religiosos na hora de se formar uma coalizão.