A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, foi eleita a pessoa do ano pela revista Time, nesta quarta-feira (11). A adolescente foi reconhecida como porta-voz de uma geração assustada pela emergência climática, desde sua campanha individual contra o aquecimento global do lado de fora do parlamento da Suécia no ano passado. Ela é a pessoa mais jovem a ser indicada individualmente ao título.
A capa da revista tem uma foto de Thunberg com a manchete "O Poder da Juventude". "Não podemos continuar vivendo como se não houvesse amanhã, porque há um amanhã. É tudo o que estamos dizendo", disse Thunberg à Time.
Leia Também
"Pirralha"
Nesta terça-feira (10), a ativista foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Quando questionado sobre o assassinato de dois indígenas no Maranhão, o presidente respondeu que a ativista é uma "pirralha". "Qual o nome daquela menina lá, lá de fora? Tabata, como é? Greta. Já falou que índios estão morrendo porque estão defendendo a Amazônia. Impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, uma pirralha", disse Bolsonaro. Após a declaração, Greta atualizou a sua biografia do Twitter para "Pirralha".
Um dos principais nomes na articulação contra os efeitos das mudanças climáticas, a ativista sueca afirmou no domingo, dia 8, que os povos indígenas do Brasil estão sendo assassinados por proteger as florestas. "Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso", escreveu Greta, que compartilhou nas redes sociais uma notícia da Al Jazeera sobre as mortes no Brasil.