Republicanos próximos ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, argumentaram que é insustentável a postura adotada pela presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, de travar o envio do processo de impeachment ao Senado, onde o chefe da Casa Branca tem maioria.
Pelosi tem articulado junto ao líder democrata no Senado, Chuck Schumer, uma maneira de protelar ao máximo o envio do processo de impeachment para apreciação dos senadores. A avaliação de ambos é que, neste momento, não há apoio popular ao afastamento do presidente.
O adiamento seria, na visão deles, uma manobra para desgastar politicamente Trump. Eles ponderam que os republicanos contam com uma maioria confortável na Câmara alta (53 a 45 democratas), onde é necessário o apoio de 67 parlamentares.
O chefe de gabinete do vice-presidente Mike Pence, Marc Short, afirmou que não há maneira de Pelosi sustentar esta posição. "Pensamos que a causa dela não tem saída", afirmou.
McConnell
O líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, é quem vai comandar o rito do impeachment quando ele chegar à casa. Em conversas recentes, McConnell garantiu que Trump vai conseguir a absolvição entre os senadores. Ainda assim, ele convenceu os colegas republicanos a aceitar que as alegações e declarações do impeachment ocorram dentro do período de suas semanas.
Pelosi e o líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, exigem que sejam convocadas as testemunhas que se negaram a participar do processo de impeachment na Câmara, como o chefe interino de despacho presidencial, Mick Mulvaney, e o ex-assessor de segurança nacional John Bolton.
Um dos maiores aliados de Trump no Senado, Lindsey Graham disse que Pelosi vai fracassar na sua tentativa de "conseguir que Mitch McConnell ceda à vontade". Ele preside a Comissão de Assuntos Jurídicos do Senado. "Ela acabará por enviar o processo porque a opinião pública vai pressionar os democratas", afirmou. Fonte: Associated Press.