O presidente iraniano Hassan Rohani prometeu a seu colega ucraniano "levar à justiça" os responsáveis pela catástrofe do avião ucraniano derrubado por um míssil iraniano, anunciou a presidência ucraniana neste sábado.
Rohani "garantiu que todos os envolvidos no desastre aéreo serão levados à justiça", em conversa por telefone com o chefe de estado ucraniano Volodymyr Zelensky, segundo o serviço de imprensa deste último.
O Irã "reconhece plenamente que a tragédia ocorreu por causa do erro militar", acrescentou a presidência.
Zelenski pediu a Teerã que permita a repatriação dos corpos das 11 vítimas ucranianas "até 19 de janeiro", disse a nota. Além disso, anunciou o envio pela diplomacia ucraniana de uma nota que lista as medidas a serem tomadas para "resolver a questão das indenizações".
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Entenda
Neste sábado (11), o Irã reconheceu que suas forças armadas "involuntariamente" derrubaram o avião ucraniano que caiu no início desta semana, matando todos os 176 a bordo, depois do governo do país ter negado repetidamente as acusações de que era responsável pela tragédia.
O avião foi abatido na última quarta-feira (08), horas após o Irã lançar um ataque contra duas bases militares que abrigavam tropas dos EUA no Iraque, em retaliação pelo assassinato do general Qassem Soleimani em um ataque aéreo americano em Bagdá. Ninguém foi ferido no ataque às bases.
Ucrânia cobra punição
Antes da conversa por telefone com o colega iraniano, o presidente da Ucrânia exigiu a punição dos responsáveis pelo abate, além do pagamento de indenizações por parte do governo iraniano.
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"A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste no pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irã que leve os culpados à justiça, devolva os corpos, pague uma indenização e publique um pedido de desculpas oficial", escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta do Twitter. "A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos", acrescentou.