Grã-Bretanha, França, Holanda e Estados Unidos ampliaram seus esforços de socorro nos territórios caribenhos, após a passagem do furacão Irma deixar um rastro de mortes e de destruição.
Houve algumas críticas à lentidão na resposta, sobretudo, nos territórios ultramarinos britânicos.
Esse é um retrato da assistência internacional até agora:
O país prometeu 32 milhões de libras esterlinas (42 milhões de dólares) em apoio e enviou dez voos de ajuda desde sexta-feira (8) para seus territórios afetados no Caribe - as Ilhas Virgens britânicas e o arquipélago de Anguilla -, onde seis pessoas morreram na passagem do ciclone.
As aeronaves levaram suprimentos médicos, kits para abrigos emergenciais, rações e água para as ilhas atingidas, além de militares e engenheiros.
Quase 700 soldados britânicos foram deslocados, além de 17 oficiais da Polícia Metropolitana de Londres, após os relatos de saques.
O "RFA Mounts Bay", navio da Marinha Real, estava na região quando o Irma passou e está disponível.
Um segundo navio de guerra, o "HMS Ocean", está sendo carregado em Gibraltar com suprimentos para auxílio em catástrofes antes de se dirigir à região, nesta terça-feira (12).
A resposta da Grã-Bretanha ao furacão foi alvo de críticas dos moradores locais por sua demora. Alguns britânicos expressaram sua insatisfação com a incapacidade do governo de retirar seus entes queridos da área em risco.
O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, rechaçou as críticas, que disse serem "completamente infundadas".
"Estou confiante de que estamos fazendo tudo que podemos para ajudar cidadãos britânicos", declarou Johnson à emissora BBC.
O governo francês disse que dez pessoas morreram em Saint Barts e em seu lado da ilha de Saint Martin, um território franco-holandês onde o Irma deixou a maior parte dos 80 mil habitantes sem teto.
A ajuda francesa inclui helicópteros, equipamento de engenharia, suprimentos médicos e 1 milhão de litros de água - as três estações de tratamento de água da ilha ficarão fechadas por meses.
O Ministério da Defesa anunciou que um navio militar deixará a França na terça-feira, levando mais quatro helicópteros, mil toneladas de suprimentos e ainda poderá ser usado como um "hospital flutuante".
Cerca de 1.500 pessoas foram mobilizadas, até agora, entre pessoal de emergência, militares e policiais.
As evacuações recomeçaram neste domingo (10), após o aeroporto Grand-Case, em St. Martin, ser reaberto.
O grupo energético EDF prometeu enviar, da ilha vizinha de Guadalupe, 140 toneladas de equipamento elétrico, como geradores e bombas, assim que as condições permitirem.
O presidente francês, Emmanuel Macron, deve viajar para St. Martin ainda nesta segunda-feira (11).
A oposição acusou o governo novato de Macron de falhar na resposta ao desastre. O líder radical de esquerda Jean-Luc Melechon pediu um inquérito parlamentar.
O Ministério holandês da Defesa levou duas embarcações navais para a área antes da passagem do furacão, com um helicóptero e suprimentos.
Quatro pessoas morreram no lado holandês da ilha de St. Martin.
Até agora, quatro voos militares com tropas e ajuda - inclusive comida, água, remédios e equipamentos médicos - foram enviados.
A Cruz Vermelha também enviou um avião com 60 toneladas de apoio em uma parceria das carregadoras francesa e holandesa Air France e KLM.
Os primeiros feridos foram evacuados de helicóptero de St. Martin no fim de sexta-feira (8).
Turistas também começaram a ser retirados pela companhia aérea TUI, que opera aviões próprios, e pelo Exército holandês.
A distribuição maciça de comida e água deve começar nesta segunda-feira. Equipamentos de dessalinização e tabletes purificadores também estavam a caminho.
Uma equipe de resgate e de busca com 59 pessoas - entre médicos, socorristas e profissionais de serviços de emergência - também foi enviada hoje para o Caribe.
O rei da Holanda Willem-Alexander chegou neste domingo a Curaçao, outra ilha caribenha francesa, para acompanhar as operações de apoio. Ele deve viajar para St. Martin nesta segunda, de acordo com a imprensa holandesa.
Houve críticas de que o governo demorou para agir.
"Eles reagiram tarde demais. Os franceses foram muito mais rápidos em evacuar as pessoas de St. Martin", disse a turista Kitty Algra, ao jornal holandês AD.
O Exército dos Estados Unidos tinha evacuado os moradores de St. Martin para Porto Rico. O governo estima que entre 2 mil e 3 mil cidadãos americanos ainda precisem deixar as áreas afetadas.
Os navios de assalto anfíbios dos EUA também prestaram socorro aos moradores das Ilhas Virgens americanas, onde quatro pessoas foram mortas pelo furacão.
Na sexta, Washington disse que cerca de 14 mil funcionários da Guarda Nacional estavam sendo mobilizados para atuar em Porto Rico, nas Ilhas Virgens e no estado da Flórida.