O candidato do Podemos à Presidência da República, Alvaro Dias, defendeu nesta sexta-feira (24) mudanças na reforma trabalhista aprovada pelo governo do presidente Michel Temer, mas disse que não irá revogá-la.
"A legislação trabalhista tem que ser cada vez mais aprimorada, não podemos fazer uma contra o trabalhador. Temos que melhorar a reforma, não revogá-la", disse o senador, que participou com o vice, Paulo Rabello de Castro (PSC), de um almoço promovido pelo Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), na capital paulista.
Entre os pontos que podem passar por mudanças, estão o trabalho insalubre para gestantes, a terceirização e o trabalho intermitente. "Isso não significa revogar o que deu certo", enfatizou.
Segundo Dias, o assunto mais comentado no almoço foram as condições de crédito no Brasil. O candidato disse que sua proposta para o setor é fazer uma reforma fiscal que possibilite que o Estado diminua a parcela de crédito que atualmente abocanha no País, de cerca de 70%.
Uma das principais medidas nesse sentido, reiterou, será aplicar um limitador emergencial - não mais linear - para cortar 10% dos gastos em todas as áreas. "O teto de gastos explodiu", criticou o senador. "O que estamos propondo é um instrumento muito mais poderoso de corte de gastos, preservando os essenciais."
Dias, que tem tentado colar sua imagem à da Operação Lava Jato nesta eleição, visitou a Polícia Federal em Curitiba pela manhã. Lá, se reuniu com o superintendente da instituição no Estado, Roberval Vicalvi, e gravou imagens para a campanha.
"Alguns visitam a PF em Curitiba para homenagear o político preso. Eu fui com outro objetivo, assumi o compromisso de fazer da Lava Jato política de Estado no Brasil, como forma de desenvolvimento", declarou.