O candidato à Presidência pelo PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro, fez um aceno aos parlamentos na noite desta terça-feira (28) durante sabatina do Jornal Nacional, da TV Globo.
Ao ser questionado sobre a viabilidade política das propostas do economista Paulo Guedes, que o assessora, Bolsonaro reagiu.
"Se ele não vai implementar todas (as propostas), é porque existe o filtro que é a Câmara e o Senado. Nem tudo que ele quer ou que eu quero podemos aprovar, porque temos o filtro que é o parlamento brasileiro", afirmou.
Bolsonaro fez analogias ao casamento e reafirmou a crença no que chamou de "fidelidade" de Guedes a ele. O candidato também disse que o economista dificilmente pediria demissão do cargo.
"Duvido, pelo que conheço de Paulo Guedes e pelo que ele conhece de mim, que isso venha a acontecer (dele sair do governo). O único que é insubstituível nesta história sou eu. Mas se isso porventura vier a acontecer, não vai ser por um capricho meu ou dele. Nós estamos imbuídos em buscar dias melhores para a população", afirmou.
O presidenciável do PSL afirmou também que é o único dos candidatos colocados no processo eleitoral que vai ter "isenção para indicar ministros".
O candidato do PSL afirmou ainda que morava em um "cubículo" em Brasília e que por isso aceitou receber auxílio-moradia da Câmara dos Deputados. Bolsonaro defendeu ainda que não é ilegal o recebimento destes recursos.
Em março, o parlamentar deixou de receber os recursos, que, com os descontos, era de cerca de R$ 3 mil, e passou a ocupar um imóvel funcional.
"Eu fui para um apartamento novo agora porque precisava de um espaço maior, o meu apartamento tinha 70 metros quadrados", afirmou.
"Eu estava em um cubículo em Brasília. Todos os recursos que eu recebo são para me manter em Brasília. Eu tenho de pagar condomínio, IPTU daquele imóvel. Aliás ele está à venda."