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Paulo Câmara defende saída da CSN do comando da Transnordestina

Transnordestina foi presidida por Ciro Gomes, que busca o apoio do oposicionista Armando Monteiro (PTB) em Pernambuco

Paulo Veras
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Paulo Veras
Publicado em 20/09/2018 às 7:13
Foto: Hélia Scheppa/PSB
Transnordestina foi presidida por Ciro Gomes, que busca o apoio do oposicionista Armando Monteiro (PTB) em Pernambuco - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/PSB
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O governador Paulo Câmara (PSB) defendeu ontem que a única forma de a Ferrovia Transnordestina ser concluída é com a troca da empresa privada responsável pela obra, que é uma concessão pública. O socialista criticou o atraso na implantação da Transnordestina, que foi presidida entre 2015 e 2016 pelo presidenciável Ciro Gomes (PDT). O pedetista tenta conseguir o apoio do candidato de oposição ao governo do Estado Armando Monteiro (PTB). A Transnordestina é controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Benjamin Steinbruch, amigo de Ciro.

“A Transnordestina é fundamental. É necessário exigir a sua priorização. Isso é um grande gargalo. Porque ela está com 70% da sua malha pronta, mas não chegou nem no Piauí, nem no Ceará, nem em Pernambuco. E ela não tem sentido se não chegar nos três destinos. Hoje tem um grande imbróglio jurídico com o TCU. Há uma grande dificuldade de resolver isso junto ao parceiro privado. Na verdade, eu não vejo solução para essa questão da Transnordestina que não seja a retirada desse parceiro privado e a busca de outro parceiro que possa colocar isso para a frente. Porque o TCU praticamente foi taxativo na questão da ausência de elementos de transparência de tudo o que já foi feito na Transnordestina em relação a esse empreendedor privado”, afirmou o governador, em sabatina no Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon-PE).

Motos

Paulo Câmara também criticou a proposta de Armando de isentar o IPVA das motocicletas de até 180 cilindradas. Para o governador, isso não resolveria o problema, porque o seguro obrigatório, que é federal, continuaria sendo cobrado. Além disso, o socialista disse que entre 60% e 70% dos pacientes das emergências do Estado são vítimas de acidentes automotivos. “Hoje, um acidentado de moto custa R$ 120 mil para o Estado e ocupa por pelo menos 30 dias os nossos leitos”, afirmou.

Além disso, o governador defendeu que o emplacamento é importante para monitorar a violência. “Em torno de 50% a 60% das ocorrências policiais com o cidadão vem de gente em cima de moto”, justificou.

No plano de governo, a ser divulgado no final do mês, o socialista deve propor a estadualização do Hospital de Petrolândia, para criar uma unidade estadual de referência no Sertão de Itaparica; que ganhará uma nova gerência estadual de saúde. Ele também deve propor a construção de novas unidades da Universidade de Pernambuco (UPE) em Palmares, na Mata Sul, e outra no Sertão do Araripe, em uma cidade que ainda será definida.

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