O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad defendeu que o segundo turno seja disputado entre ele e Ciro Gomes (PDT). O petista afirma que sua campanha vai entrar com pedidos de prisão por conta da denúncia, feita pela "Folha de S.Paulo", da existência de um esquema ilegal de propaganda contra o PT no WhatsApp.
"Ele (Bolsonaro) já foi condenado pela Justiça eleitoral para retirar as difamações contra mim. E agora a gente sabe que ele faz isso com dinheiro sujo, é um crime continuado, estão financiando o Whatsapp. Acho que o segundo turno tem que se dar entre mim e o Ciro, porque ele tentou fraudar a eleição. Felizmente não deu primeiro turno, se não tudo isso ia para debaixo do tapete", afirmou o petista.
O candidato do PT afirmou que há testemunhas de reuniões em que Bolsonaro teria pedido apoio de empresários para atuação no WhatsApp, mas não quis dar nomes. "Ele deixou rastro, e vamos atrás do rastro", disse o candidato petista.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse nesta quinta-feira, 18, que o partido está preparando uma peça jurídica com a qual irá pedir o cancelamento ou a nulidade das eleições presidenciais de 2018. As justificativas são, também, as denúncias de que empresas financiaram uma campanha contra o PT.
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira, informa que empresas teriam bancado, com contratos de R$ 12 milhões, serviços de disparos de mensagens no WhatsApp contra os petistas, favorecendo Bolsonaro.
"Em qualquer lugar do mundo isso seria um escândalo de proporções avassaladoras, poderia encerrar até com a impugnação da candidatura com o chamada do terceiro colocada para disputar o segundo turno", disse Haddad.