Jair Bolsonaro se declarou admirador do presidente conservador chileno, Sebastián Piñera, e manifestou seu desejo de trabalhar com ele pelo progresso de Brasil e Chile, durante reunião nesta quarta-feira com senadores chilenos.
Bolsonaro, que lidera as pesquisas para o segundo turno das eleições de 28 de outubro com ampla vantagem sobre Fernando Haddad, recebeu nesta quarta um grupo de senadores chilenos do partido União Democrata Independente (UDI), aos quais manifestou sua admiração por Piñera.
"Um abraço especial para Piñera. O admiro desde seu primeiro mandato, quando o conheci, e sei que juntos, no bilateralismo e com acordos, temos tudo para trazer progresso e felicidade para nossos povos", declarou Bolsonaro em um vídeo gravado pela comitiva chilena e amplamente difundido pela imprensa em Santiago.
"Quero um Brasil grande e um Chile grande. Estamos juntos até a vitória, se Deus quiser", diz o capitão da reserva do Exército.
A comitiva chilena foi liderada por Jacqueline Van Rysselberghe, senadora e presidente da UDI, partido que apoia Piñera e que defendeu a ditadura de Augusto Pinochet no Chile entre 1973 e 1990, durante a qual 3.200 pessoas morreram ou desapareceram.
Bolsonaro se apresentou no vídeo como "candidato à presidência da República do Brasil e, se Deus quiser, quase eleito".
"Queremos nos aproximar cada vez mais de vocês" chilenos, e "agradecer a visita desta comitiva espetacular que está aqui".
Durante sua última visita à Europa, Piñera declarou ter "concordâncias no terreno das medidas econômicas" com Bolsonaro, mas também "grandes divergências" em temas como igualdade de gênero e racismo.