O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (12) em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que a comissão pode pedir a quebra de seus sigilos bancário e telefônico se tiver dúvidas sobre sua inocência.
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“Se a comissão entender que deva proceder à abertura dos meus sigilos telefônico, bancário ou financeiro, deve fazê-lo. Se a comissão entender faça, mas faça dentro de um processo investigativo”, afirmou Cunha, após ser questionado pelos deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Clarissa Garotinho (PR-RJ).
Ele afirmou que não abriria o sigilo espontaneamente para não constranger nenhum colega a fazê-lo também. “Não vou fazer processo político”, afirmou.
O presidente da Câmara disse ainda não possuir nenhum tipo de conta no exterior e que seu sigilo fiscal já é público, pois consta da sua declaração de renda informada ao Tribunal Superior Eleitoral.
O depoimento do presidente da Câmara durou cerca de quatro horas e foi marcado por críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem Cunha acusou de escolher politicamente os nomes de políticos citados na lista encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Depois de ouvirem Cunha, os deputados da CPI, colhem agora o depoimento do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.