O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quinta-feira (9) que o governo está preparado para tomar "todas as medidas" e evitar um rebaixamento na nota de crédito do país.
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Mais cedo, a agência de classificação de risco Fitch manteve o grau de investimento do país (espécie de selo de bom pagador), mas alertou para a possibilidade de um corte na nota diante do fraco desempenho da economia.
"Tenho confiança de que o destino do país é ter notas cada vez mais altas. Estamos preparados para tomar todas as medidas para evitar downgrades [rebaixamentos] de ratings [notas] ", afirmou durante coletiva de imprensa em São Paulo para anunciar novas regras de financiamento do BNDES.
O ministro disse que o governo irá cumprir a meta de superavit primário - economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida -, apesar da expectativa de recessão na economia neste ano.
"Vamos cumprir o que a gente tem que fazer. Vamos trabalhar. Temos de criar condições para retomar e crescer", afirmou Levy.
A situação fiscal da economia brasileira foi um dos pontos que preocupam a Fitch e que podem levar ao rebaixamento da nota do país, de acordo com a Fitch.
Uma decisão da agência americana sobre o cenário para a nota de crédito do país deve ser tomada em um período de 12 a 18 meses.
TRIBUTO
O ministro se recusou a comentar os rumores de que o governo irá aumentar a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) dos bancos. Levy limitou-se a dizer que esse não era o assunto do evento.
Os rumores sobre a mudança na alíquota derrubaram as cotações dos papéis de bancos nesta quinta-feira.
As ações do Banco do Brasil recuaram 3,7%, para R$ 23,46. Os papéis preferenciais (sem voto) do Itaú Unibanco tiveram queda de 2%, para R$ 36,75, e as ações preferenciais do Bradesco registraram desvalorização de 1,79%, para R$ 30,75.