O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu nesta terça-feira (14) que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) deve encerrar o ano com variação negativa. Ele evitou dar números, mas disse que o ministério incorporou a expectativa de retração do PIB às previsões oficiais.
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A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado faz audiência pública com o ministro Joaquim Levy, para discutir o ajuste fiscal e o indexador de correção da dívida dos estados e municípios (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
“Hoje, o mercado tem essa avaliação. Nos nossos documentos, usamos as informações do mercado. Essa tradição a gente adotou”, disse Levy, ao deixar o Ministério da Fazenda.
O ministro também comentou o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que projetou em 1% a queda do PIB brasileiro este ano. Segundo ele, o ponto mais importante do documento não são estimativas para a atividade econômica, mas o apoio às medidas de ajuste fiscal postas em prática neste ano.
“O FMI tem algumas avaliações. Acho que, em particular, chamou atenção a importância de o Brasil concluir o mais rápido possível o programa do ajuste fiscal, até para a gente voltar a crescer. É uma mensagem bastante consistente dessa estratégia da presidente Dilma de acertar as coisas agora e a gente ter base para fazer a retomada do crescimento, inclusive da agricultura”, afirmou Levy, que saiu do prédio acompanhado da ministra da Agricultura, Kátia Abreu.