A Justiça de São Paulo tornou réu o ex-prefeito de São Paulo e atual ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), em uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público.
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Kassab é responsabilizado por irregularidades na Feira da Madrugada, no bairro do Pari, em São Paulo. Os promotores apontam um esquema de propina para que os comerciantes obtivessem permissão para vender na feira e problemas na segurança contra incêndio.
Segundo a ação, o local era custeado com dinheiro público, mas os comerciantes não pagavam despesas de comércio privado, causando dano aos recursos do município.
Também são réus Ronaldo Souza Camargo, ex-secretário de Coordenação das Subprefeituras, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, ex-secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, João Roberto da Fonseca, presidente da Comissão dos Comerciantes da Feira da Madrugada Pátio do Pari e Manoel Simão Sabino Neto, coordenador do grupo que administrava a feira.
Em primeira instância, a Justiça não havia acatado a ação contra Kassab e Marcos Cintra, mas, após recurso do Ministério Público, o desembargador Borelli Thomaz os incluiu no processo em 22 de julho.
Thomaz considerou que Kassab e Marcos Cintra "apenas observaram as práticas ilegais e nada fizeram para coibi-las de modo efetivo, inclusive mantendo João Roberto como administrador do local".
O desembargador sustenta ainda que os indícios não servem como prova conclusiva, mas são suficientes para que a petição do ministério Público seja recebida.