Orçamento 2016

Partidos da base do governo preparam propostas para aumentar receitas

Na avaliação do PT é impossível que o partido corte gastos sociais para equilibrar as contas do governo

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 01/09/2015 às 20:30
Foto: Jane de Araújo/ Agência Senado
Na avaliação do PT é impossível que o partido corte gastos sociais para equilibrar as contas do governo - FOTO: Foto: Jane de Araújo/ Agência Senado
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Partidos da base do governo vão elaborar propostas para aumentar as receitas do governo na intenção de reduzir o déficit da peça orçamentária apresentada na segunda-feira (31), pelo Palácio do Planalto. A maior parte das bancadas deve se reunir nesta quarta-feira (2).

Na avaliação do PT, cujos deputados reuniram-se nesta terça-feira (01), com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, é impossível que o partido corte gastos sociais para equilibrar as contas do governo. O partido deve então intensificar a defesa da repatriação de ativos. Na conta dos petistas, a medida garantiria, "na pior expectativa", R$ 35 bilhões, valor superior ao déficit estimado pelo governo em R$ 30,5 bilhões.

Os deputados do Pros, que também estiveram com Barbosa, voltarão a se reunir nesta quarta-feira, 2. A bancada do partido deve defender a taxação do lucro de bancos e pretende estudar que despesas discricionárias ainda podem ser cortadas e que ministérios entendem que podem ser enxugados. PSD e PMDB se reúnem nesta quarta-feira.

 

Oposição

Diante da negativa do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), em devolver ao governo a proposta orçamentária, a oposição aposta agora na solicitação de um aditamento, indicando onde os cortes poderiam ser feitos. "O Congresso Nacional não vai fazer estes cortes", disse o líder da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE).

Caso não obtenha sucesso no pedido de aditamento, a oposição ainda precisará buscar um consenso para unir as duas correntes, a que defende a indicação de cortes severos na máquina pública e a que acredita que os parlamentares devem votar contra o Orçamento, mesmo que isso signifique uma má sinalização para o mercado.

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