O ministro Joaquim Levy (Fazenda) sugeriu nesta terça-feira (3) que as discussões sobre a volta da CPMF saiam do Congresso e ganhem as ruas.
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Durante evento no Itamaraty, logo após uma ida ao Congresso para tratar do tributo proposto pelo governo, o ministro disse que não está claro o motivo que leva as pessoas a serem contra esse tributo.
"Os jornais poderiam fazer uma enquete. Perguntar assim: o que você não gosta da CPMF? Você não gosta porque ela é transparente? Você não gosta porque ela é fácil de recolher? Você não gosta porque ela alcança todo mundo? Ou porque é mais um imposto?", disse o ministro ao ser questionado se o governo ainda conta com o tributo para o Orçamento de 2016.
Sobre essa última alternativa, o ministro disse que o governo precisa de mais receitas e que é necessário às pessoas ter realismo. Disse ainda que a CPMF "não é tão simpática", mas que nenhum imposto é.
"Ia ser interessante ouvir o que as pessoas podiam dizer. As pessoas da rua, o contribuinte, a dona de casa, que talvez até nem saiba exatamente como é que funciona a CPMF."
O ministro sugeriu ainda perguntar às pessoas se elas ainda se lembram de como funciona a cobrança. "Eu acho que aqui poucos devem se lembrar."
Levy encerrou a fala sobre o tema dizendo que a CPMF é parte da solução, mas que ela não vai resolver os problemas do Orçamento. O governo conta com uma arrecadação de R$ 32 bilhões se ela for aprovada neste ano, algo em que nem mesmo o governo acredita mais.