Ligação interceptada pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, no dia 6 de março, pegou o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), em conversa com o advogado Roberto Teixeira, compadre e defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No diálogo, Marinho diz a Teixeira que "chegou ao seu conhecimento que a Rede Globo teria acionado duas equipes para permanecerem a partir das quatro da manhã na sede da Polícia Federal em São Paulo e na residência de Lula, devido à possibilidade de uma nova operação policial naquela data".
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Durante a ligação, Marinho citou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Segundo transcrição dos grampos da PF, "Marinho diz que tentou ligar para Ricardo Lewandowski, ministro do STF, mas que não conseguiu".
O chefe do Executivo da cidade do ABC questiona Roberto Teixeira se ele "não poderia ligar para os amigos dele no Superior Tribunal de Justiça para tentar obter alguma informação", mas Teixeira diz que não, que não seria de grande ajuda, pois o processo não está correndo no STJ, e sim no STF.