OPERAÇÃO LAVA JATO

Empresária acusa Mantega de operar caixa 2

Mônica Moura, esposa de João Santana, disse aos investigadores que o ex-ministro da Fazenda intermediou o pagamento de caixa 2 para a campanha de Dilma, então candidata à reeleição em 2014

Do Es
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Publicado em 22/04/2016 às 10:38
Foto: Elza Fiúza/ ABr
Mônica Moura, esposa de João Santana, disse aos investigadores que o ex-ministro da Fazenda intermediou o pagamento de caixa 2 para a campanha de Dilma, então candidata à reeleição em 2014 - FOTO: Foto: Elza Fiúza/ ABr
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A empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, disse aos investigadores da Operação Lava Jato que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega intermediou o pagamento de caixa 2 para a campanha de Dilma Rousseff, então candidata à reeleição em 2014. As declarações foram dadas em acordo prévio para fechar acordo de delação premiada, segundo o jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, Mônica afirmou que Mantega, em mais de uma ocasião, indicou executivos de empresas que deviam ser procurados para que ela recebesse valores não declarados nas contas oficiais do comitê de campanha do PT. Mantega reconhece que se encontrou com Mônica, mas nega a acusações.

Segundo a mulher de João Santana, em 2014 o casal, sócio numa empresa de marketing político, recebeu R$ 10 milhões em dinheiro não informado à Justiça Eleitoral. Disse ainda que pagamentos por meio de caixa 2 aconteceram inda na primeira candidatura de Dilma, em 2010, na reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e nas campanhas municipais de Fernando Haddad (2012), Marta Suplicy (2008) e Gleisi Hoffmann (2008).

O coordenador jurídico da campanha de Dilma, Flávio Caetano, disse à reportagem que não houve caixa 2 e nega que Mantega tenha solicitado o dinheiro a empresários. Segundo ele, os pagamentos de mais de R$ 70 milhões feitos ao casal são "em decorrência dos serviços prestados à campanha".

Empréstimo

O lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador de propinas do PMDB na Petrobras, disse que em 2006 foi procurado pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que lhe pediu ajuda para uma solução na estatal para quitar empréstimo supostamente fraudulento de R$ 12 milhões. Segundo Baiano, Bumlai - amigo do ex-presidente Lula - disse que estava sendo pressionado para quitar o empréstimo que tomara em 2004 para o PT no banco Schahin.

 

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