O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que ainda há “muito jogo” até a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, marcada para amanhã (13) à tarde. Padilha voltou a dizer que o governo não vai interferir nas decisões sobre os candidatos à sucessão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas admitiu que o Planalto trabalha para que haja apenas um nome da base aliada.
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Segundo Padilha, que disse não estar participando das negociações, não há “constrangimento” da parte do presidente interino, Michel Temer, para que o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) seja o escolhido do partido para a disputa.
“Não vejo ainda candidato nenhum como candidato, porque eu não vi ainda a eleição. Vamos ver se vai ter candidaturas é no momento na eleição. Tem muito jogo, muito tempo pela frente” disse.
Sobre Marcelo Castro, ex-ministro da presidenta Dilma, ter votado contra o processo de impeachment, Padilha disse que o PMDB tem sido “compreensivo com algumas dissidências” e que isso não causa desconfortos. Mais cedo, o próprio Temer havia dito que a eventual escolha do ex-ministro como candidato da legenda é prova de que não há intervenção do Planalto.
Segundo Padilha, o importante é manter a maioria no Congresso para não correr o risco de as medidas de interesse do governo serem rejeitadas. “Não interferimos na decisão de quem seja [o candidato]. Mas nós queremos sim que tenha um candidato da base. Eu não [tenho feito conversas], mas o ministro Geddel [Vieira Lima, da Secretaria de Governo], tem conversado muito, há mais de uma semana, tentando fazer com que a gente chegue a uma candidatura única. Esse é um problema que tem que ser decidido pelo conjunto dos líderes lá”, disse.