O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã desta quarta-feira (20) que o Brasil deveria estar mais preocupado com a segurança interna do que com possíveis ataques terroristas, em referência ao medo de que o País seja alvo do terrorismo durante a realização dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro e em outras cidades, inclusive São Paulo, que será palco de algumas partidas de futebol e receberá a delegação francesa para o período de aclimatação. Os Jogos ocorrerão entre os dias 5 e 21 de agosto.
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"Eu concordo com ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quando diz que é mais preocupante a segurança local do que terrorismo. O foco tem de estar, além da questão externa, na questão interna", disse o governador, após participar da sexta edição do Fórum Nacional do Esporte, organizado pelo grupo Lide, do empresário João Doria, que será candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB.
A preocupação com o terrorismo ganhou força após o atentado ocorrido na semana passada em Nice, na França, no qual pelo menos 84 pessoas morreram, vítimas de um franco-tunisiano que acelerou um caminhão durante passeata de celebração do Dia da Bastilha, comemorado no dia 14 de julho. No dia seguinte, o governo reuniu-se para revisar a segurança para a Olimpíada.
Moraes, que foi secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo antes de assumir o ministério, disse ontem que o risco não aumentou após o ataque a Nice.
Nesta quarta, Alckmin garantiu que São Paulo está preparada para possíveis atentados. "Temos um plano de contingência, que vai desde a parte de segurança, a parte médica, de descontaminação, especialistas", afirmou. "Temos a maior força policial do Brasil, a mais treinada, a mais equipada, recebemos grandes eventos em São Paulo todo dia, permanentemente, e as medidas que serão tomadas estão sendo tomadas", disse. Segundo ele, o plano de contingência prevê a segurança da delegação francesa.
O governador também lembrou que o Rio contará com um reforço de mil agentes da Polícia de São Paulo. E a população paulista, de acordo com ele, não será prejudicada, pois o governo estadual pagará horas extras para que outros policiais compensem a ausência dos agentes que irão ao Rio para ajudar na segurança. "Em contrapartida, como legado, receberemos equipamentos, computadores, armamentos, colete à prova de bala, veículos, do governo federal para o Estado", afirmou Alckmin.