Processo de Impeachment

Jucá defende que julgamento do impeachment se encerre em agosto

Jucá também defendeu que Brasil participe da próxima reunião do G20, no início de setembro, com situação política definida

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Publicado em 01/08/2016 às 18:53
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Jucá também defendeu que Brasil participe da próxima reunião do G20, no início de setembro, com situação política definida - FOTO: Foto: Câmara dos Deputados
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O principal articulador do impeachment no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), foi à tribuna do Senado nesta segunda-feira (1) defender que o processo de impeachment não se estenda para além de agosto. No último sábado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, divulgou nota informando que a primeira data possível para o início do julgamento seria 29 de agosto. Mas a quantidade de depoimentos e sessões pode levar a votação para setembro.

"Não dá mais para estender essa agonia para além de agosto. Não há porque levar essa questão para setembro, o Brasil todo espera por uma solução definitiva", disse Jucá. O senador ponderou que a votação do parecer do relator será votado em plenário já no dia 9 de agosto e que não haveria razões para esperar mais 20 dias para dar início ao julgamento. Seguindo os prazos à risca, era possível que o julgamento se iniciasse na sexta-feira, 26. O senador defende que a Casa use esse prazo e trabalhe durante o fim de semana.

Jucá também defendeu que o Brasil participe da próxima reunião do G20, que ocorre na China entre 4 e 5 de setembro, já com uma situação política definida. "Em setembro, haverá na China o encontro do G20 e lá deverá estar o presidente do Brasil. E se ainda não houver se decidido esse assunto, Michel Temer deveria participar desse encontro como um presidente interino?", questionou.

O senador também criticou a atuação dos aliados da presidente afastada Dilma Rousseff que, segundo ele, tentam atrasar o processo. Para Jucá, a demora no impeachment agrava a situação econômica. "Uma coisa é você defender a presidente e outra coisa é tentar postergar e manter o País nessa insegurança jurídica. Falam em golpe, mas se comportam como quem quer o golpe parcelado, o golpe Casas Bahia, o golpe Ricardo Eletro, o golpe Magazine Luiza, você compra o golpe e paga em 12 parcelas", ironizou.

Visto para os EUA

O senador minimizou a polêmica de que teria tido o visto para os Estados Unidos negado por ser investigado na operação Lava Jato. Jucá criticou a veiculação da notícia e trouxe ao plenário do Senado cópias do seu passaporte e visto americano, que segundo ele, vence apenas em 2025.

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