O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, classificou nesta quinta-feira (20), em Salvador, como um “remédio amargo” a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece um teto para os gastos do governo por até 20 anos.
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Ele classificou a medida como “um projeto duro, mas necessário”, dizendo que a PEC “é um remédio amargo, pelo qual precisa passar a economia brasileira, para que a gente possa retomar o crescimento do país. Em bases reais, é evidente que, quando você tem limitações no orçamento, todos sabem que não vamos inventar receitas e, efetivamente, vamos gastar o que estiver disponibilizado no orçamento. Ganha o Brasil com um projeto bom como esse”, defendeu.
A declaração de Kassab foi dada durante visita a uma exposição tecnológica da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) do Senai. Esta é a 13ª edição do evento, que segue até o próximo sábado (22), na capital baiana, e conta com 40 estandes com produtos e atrações ligadas à tecnologia, como jogos eletrônicos, softwares, energias renováveis, cidades inteligentes e outras.
Segundo o ministro, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia “é o maior evento de iniciação científica e tecnológica do país, promovido pelo governo federal desde 2004”.
Eduardo Cunha
Ao percorrer a mostra, Kassab afirmou que a política brasileira ficou em estado de “perplexidade” com a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha nessa quarta-feira (19), em Brasília. “Cunha sempre foi um grande líder e [não é possível] falar que essa prisão não abalou as estruturas políticas, mas eu confio muito nas instituições, confio no Brasíl e no futuro do país”, comentou.
O ministro foi acompanhado na visita pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que também defendeu a PEC 241, que para ele é “radical”, mas necessária para o crescimento do país. Alencar, que apoia o governador da Bahia, Rui Costa (do PT), negou qualquer tipo de atrito com Kassab pelo fato de ter se posicionado contra o impeachment de Dilma Rousseff.