A diretora comercial da joalheria H.Stern, Maria Luiza Trotta, afirmou em depoimento à Polícia Federal que levava joias, anéis de brilhante e pedras preciosas na residência de Sérgio Cabral (PMDB), para que o ex-governador e sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, fizessem uma "seleção" da peça a ser escolhida. Segundo a mulher, as joia eram pagas em dinheiro vivo por Carlos Miranda, apontado como o 'homem da mala' de Sérgio Cabral na Operação Calicute.
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Maria Luiza disse que "chegou a vender joias no valor de até R$ 100 mil a Sérgio Cabral, tais como anéis de brilhante ou outros tipos de pedras preciosas, sendo o pagamento ainda que em tais quantias realizado em dinheiro". Segundo o portal UOL, a diretora declarou trabalhar na H.Stern há 34 anos.
De acordo com ela, o dinheiro em espécie era levado a uma loja da joalheria, em Ipanema, na zona sul do Rio, por Carlos Miranda
Segundo Maria Luiza, o ex-assessor de Sérgio Cabral "ou outros portadores não identificados do dinheiro em espécie eram dirigidos à tesouraria". A diretora não soube informar sobre a emissão de notas fiscais.
PF
A PF exigiu de Maria Luiz no prazo de 24 horas "todas as cópias de notas ficais de venda realizadas entre H. Stern e Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo".
A diretora informou que Carlos Bezerra, a quem a PF atribui o papel de operador de propinas de Cabral, pode ter atuado "como portador de valores de pagamentos de joias compradas pelo ex-governador".
Cabral declarou que "não se recorda" das compras das joias, em depoimento à PF. O ex-governador chegou a criticar as 'mentiras' dos delatores que afirmaram ter pago propinas a ele.