Aliado do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), do qual foi vice, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) se manifestou nesta quinta-feira, 17, por meio de nota dez horas depois de o correligionário ser preso. "Espero que tudo seja esclarecido, a partir da garantia do amplo direito de defesa", disse Pezão.
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O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), afirmou ontem que crê que Cabral provará sua inocência. "Decisão da Justiça se cumpre, tem a ampla defesa, e ele (Cabral) vai provar a inocência dele", disse Picciani, ao deixar a Alerj pouco menos de uma hora depois de abrir a sessão ordinária que debateu projetos do pacote de ajuste fiscal enviado pelo governo fluminense.
Lancha
A defesa de Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, que foi preso temporariamente a partir desta quinta, rebateu as acusações. Magalhães Pinto é dono da lancha avaliada em R$ 5 milhões, um helicóptero e salas comerciais, que seriam usados por Cabral.
Uma nota assinada pelo Escritório Fragoso Advogados informou que a lancha "pode ter sido emprestada a Cabral em raras ocasiões". Já sobre o helicóptero, a defesa afirmou que "era de propriedade da família Magalhães Pinto Gonçalves e nunca foi usado por Cabral". A defesa reconheceu que uma sala comercial era "emprestada" ao ex-governador.
Defesa de Cabral
O advogado de Cabral, Aristides Junqueira, foi procurado pela reportagem, mas não respondeu aos telefonemas. As demais defesas dos investigados também não se manifestaram ou não foram encontradas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.