O acordo de delação premiada fechado pela Odebrecht traz à tona novos envolvidos no esquema de corruopção que envolve a empresa no âmbito da Lava Jato. Além dos nomes do ex-presidente Lula, o presidente Michel Temer e ministros do atual governo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) é apontado como o receptor de R$ 2 milhões em espécie durante as campanhas de 2010 e 2014.
Segundo informações do Jornal Folha de São Paulo, a delação garante que R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. A entrega do recurso, de acordo com os termos da delação, ocorreu no escritório de Ribeiro, na capital paulista. Os executivos da empreiteira garantem que não chegaram a tartar do repasse de dinheiro diretamente com Alckmin.
Um dos executivos que delataram o caixa dois, segundo a publicação, é Carlos Armando Paschoal, o CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo e um dos responsáveis por negociar doações eleitorais para políticos.
CAP ainda teria feito afirmações sobre o suposto repasse de R$ 23 milhões via caixa dois ao atual ministro de Relações Exteriores, José Serra, durante campanha presidencial em 2010.
O codinome de Alckmin nas listas de propina e caixa dois da empreiteira era "santo", segundo informação publicada pela revista "Veja" recentemente.
As delaçoes da Odebrecht ainda citam atualmente envolvimento de nomes como o senadro Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente Lula, o presidente Michel Temer, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, O ex-ministro Guido Mantega e o secretário de PPI Moreira Franco, segundo o jornal.
Os depoimentos começaram dos executivos da Odebrecht começaram a ser apresentados nesta semana, mas a maioria está prevista para a próxima, incluindo o do herdeiro e ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht.
Alckmin afirmou por meio de assessoria que "é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas".
Ainda não há previsão para a homologação e envio ao Supremo Tribunal Federal das delações.