A Associação dos Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (ASBIN) divulgou nota neste domingo (11) para repudiar "as insinuações de participação de servidores da área de inteligência" para investigar o relator da Operação Lava Jato, Luiz Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A denúncia, que ganhou notoriedade após publicação da revista Veja, afirma que Michel Temer tentou mobilizar servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar Fachin, ministro responsável pela investigação contra o presidente no STF.
Na nota, "a Associação dos Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Asbin) repudia as insinuações de participação de servidores da área de inteligência para investigar o relator da Operação Lava Jato, Luiz Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal" e exige "uma apuração rigorosa das supostas investigações associadas à ABIN e seus servidores para esclarecimento da sociedade brasileira e a garantia de idoneidade da Agência Brasileira de Inteligência, assim como de todos aqueles que compõem sua estrutura organizacional".
O Palácio do Planalto informou, também por meio de nota, que o presidente da República jamais acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lucia, também se manifestou sobre a notícia da Veja. Em nota, neste sábado (10), a ministra disse que é “inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal” se confirmada a informação divulgada pela revista.
O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também divulgou nota em que afirma ter tomado conhecimento “com perplexidade” da suposta utilização da Abin para investigar o ministro Edson Fachin. Segundo Janot, Fachin “tem pautado sua atuação com isenção e responsabilidade”.