STF pode tornar a vaquejada inconstitucional

Janot pediu que seja concedida uma medida cautelar suspendendo as leis que regulam a atividade
JC Online
Publicado em 11/09/2017 às 13:50
Vaquejadas estão liberadas em Pernambuco desde o último dia 10 de agosto Foto: EBC


Através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá coibir a prática de vaquejadas. A ação, impetrada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, questiona a Emenda Constitucional 96/2017, que considera não cruéis as práticas esportivas que utilizam animais  quando se tratam de manifestações culturais.

Jornal do Commercio

Janot pediu que seja concedida uma medida cautelar suspendendo as leis que regulam a prática de vaquejada como atividade cultural. A legislação, recentemente aprovada pelo Congresso, eleva a prática à condição de patrimônio cultural imaterial brasileiro e institui normas para os peões, que passam a ser considerados atletas profissionais.

Para o procurador, as matérias contradizem decisão do mesmo STF que considerou inconstitucional a lei estadual do Ceará que regulamentava a vaquejada como prática esportiva.

O pedido de suspensão cautelar das normas da emenda constitucional e das leis federais que regulamentam a prática também critica as edições feitas nos estados, que passaram a qualificar a vaquejada como prática desportiva. Janot ainda pede que a invalidade da legislação vigente seja levada ao plenário do Supremo Tribunal Federal.

Vaquejada no Congresso

O Congresso Nacional promulgou no dia 6 de junho a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que legaliza a prática da vaquejada em todo o Brasil.

A PEC legaliza a vaquejada ao incluir na Constituição Federal que "não são cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais".

Em novembro do ano passado, a Câmara e o Senado aprovaram de forma relâmpago projeto que transformou a vaquejada e o rodeio em manifestações culturais e patrimônios imateriais do Brasil. Toda a movimentação no Congresso aconteceu após a decisão do STF contra a alegação de crueldades praticadas contra os animais. 

 

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