Maluf diz que esteve com Temer como 'amigo há mais de 30 anos'

O deputado disse que não caberia a ele comentar o conteúdo das conversas com o presidente
Estadão Conteúdo
Publicado em 27/09/2017 às 18:35
O deputado disse que não caberia a ele comentar o conteúdo das conversas com o presidente Foto: Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil


O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que foi recebido nessa terça (26) e quarta (27) pelo presidente Michel Temer, disse que os encontros foram "entre dois amigos" e que não houve uma pauta específica. "Sou amigo do presidente há mais de 30 anos, a gente se dá bem há 30 anos e o que eu sei é que ele quer o bem do País", disse à reportagem.

Maluf disse que não caberia a ele comentar o conteúdo das conversas com o presidente, mas afirmou, no entanto, ter certeza de que a denúncia por obstrução de justiça e organização criminosa contra Temer "não tem fundamento". "É uma denúncia vazia, crime seria se ela seguisse adiante", declarou.

O deputado criticou a postura do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que "querem parar o País com mentiras e fofocas". "O Dr. Janot deveria saber que fatos anteriores ao mandato não poderiam ser colocados em uma denúncia contra o presidente. Ele não poderia ter feito o que fez", afirmou.

Maluf, que almoçou com o presidente e com um grupo de parlamentares, incluindo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), garantiu que o presidente não fez comentários sobre o tema. "Mas da minha boca eu posso dizer, repito: é uma denúncia vazia, sem fundamento".

O deputado disse ainda que o único comentário que podia fazer sobre o presidente é que Temer é "afável, tranquilo e patriota". "Ele está interessado em acertar a economia do País", declarou.

Julgamento

Nessa terça-feira (26), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento de um recurso da defesa de Maluf contra a condenação que lhe foi imposta pelo colegiado em maio. O deputado paulista foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado e à perda do mandato na Câmara. Ele é acusado de lavagem de dinheiro em movimentações bancárias de US$ 15 milhões entre 1998 e 2006 em contas na Ilha de Jersey, paraíso fiscal localizado no Canal da Mancha.

Após o relator ministro Edson Fachin votar pela rejeição dos embargos declaratórios (nome do tipo do recurso), o ministro Marco Aurélio Mello pediu vista - tempo para análise.

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