Em passagem por Pernambuco, o pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, alfinetou o ex-presidente Lula (PT) por não ter "enfrentado grandes privilégios". "Tenho respeito por Lula, tenho relação pessoal com ele, mas tenho diferenças também. Achamos que nos treze anos de governo do PT houve avanços sociais, mas não se enfrentou grandes privilégios, não se fez reforma tributária e agrária, não se mexeu na estrutura arcaica de propriedade", comentou Boulos durante debate na Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (16).
Na avaliação de Guilherme Boulos, o "maior erro" de Lula foi não ter pautado uma reforma Política quando chegou ao governo, em 2003, e ter governado com as "raposas que sempre estiveram na estrutura do governo" desde do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Ainda assim, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) defende a candidatura de Lula. "A Petrobras foi roubada por esse esquema político e defendo que corrupção tem que ser punida, mas tem que ter prova para punir alguém. Não há prova apresentada contra o Lula", ressaltou Guilherme Boulos.
Questionado sobre a dificuldade de governar o Brasil sem uma coalizão partidária, Boulos defende que é necessário mudar a política no País. "Conheço as máfias que controlam o Congresso e acho que temos que colocar o povo no debate, reinventar a democracia brasileira, não pode ser o povo ir lá apertar um botão e voltar depois de quatro anos, voto não é cheque em branco", disse.
O pré-candidato ainda afirma, que caso se eleja presidente, vai fazer um plebiscito para revogar as medidas do presidente Michel Temer, como a reforma trabalhista e o Teto dos Gastos Públicos. Em determinado momento, Boulos ainda comparou o Brasil à casa do programa Big Brother e disse que o povo não pode apenas votar e sim decidir o que "acontece na casa Brasil.