O Partido Democrático Trabalhista (PDT) decidiu que votará contra a proposta da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Nesta segunda-feira (18), a sigla se reuniu para a 25ª Convenção Nacional da legenda, que não contou com a presença do ex-candidato à Presidência da República Ciro Gomes, e anunciou a oposição.
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Caso descumpram a ordem do partido, deputados e senadores poderão ser punidos. "Se isso acontecer (de votarem a favor da reforma da Previdência), temos que cortar na carne. Aqui, o que segue orientação do partido deve ter um tratamento e o que não o faz deve ter outro", declarou a vice-presidente do PDT, Miguelina Vecchio.
Apesar de não estar presente na reunião, Ciro Gomes enviou um vídeo no qual afirma que é necessário ajudar o entendimento da população das "perversidades" que estão na proposta da reforma da Previdência.
"É um momento de preparar e ajustar a tática para os primeiros enfrentamentos práticos, objetivos, como ajudar o povo a entender as perversidades tremendas que estão entranhadas nas 66 páginas da reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro", afirmou Ciro.
Segundo a legenda, fechar a questão contra a reforma foi necessário para marcar posição no que o partido classifica como "luta contra os retrocessos".
Aprovação
Para a aprovação da reforma na Câmara dos Deputados, é necessário que, 308 dos 513 parlamentares votem a favor. Já no Senado, são 49 votos de 81 senadores. O PDT tem 28 deputados federais na Câmara e quatro senadores.