Em meio a uma crise de relacionamento com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a política tradicional. Ele disse hoje, em café da manhã com empresários no Chile, que os atritos são causados por pessoas que "não querem largar a velha política".
"Os atritos que acontecem no momento mesmo estando calado fora do Brasil acontecem na política lá dentro porque alguns, não são todos, não querem largar a velha política", disse o presidente. Bolsonaro não citou nomes. Ele disse ter recebido o governo em uma crise "ética, moral e econômica", classificou o Brasil como "campeão da corrupção", mas com grande chance de sair do buraco desde que o país aprove as reformas, principalmente da Previdência.
"Temos chance sim grande de sair dessa situação que nós encontramos com as reformas. E a primeira delas, a mais importante é essa da Previdência", disse o presidente.
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Montagem do ministério
Bolsonaro voltou a atacar a "velha política" ao reclamar das reações negativas à montagem de seu ministério. "Como nós chegamos sem apoios políticos partidários escolhemos um ministério, com pessoas que queriam participar do governo por patriotismo. Montamos nosso ministério desagradando os políticos tradicionais", afirmou o presidente. "Então com a política tradicional existem as reações ainda por parte de alguns da classe política. Mas acredito que a maioria não esteja contaminada", completou.