O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, deu início à rodada de articulação política com o Congresso Nacional, para estreitar relações com os parlamentares e mediar a construção da base aliada. Nesta terça-feira (26) o ministro da Casa Civil se reuniu com líderes partidários na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira (27) Onyx irá ao Senado Federal.
Parlamentares aliados querem que o governo esteja mais presente no Congresso para buscar apoio para aprovação da reforma da Previdência, que aguarda início de tramitação na Câmara.
“Estamos fazendo um gigantesco trabalho. Para isso temos que ter canais de diálogo absolutamente abertos e permanentes”, disse Onyx. Segundo o ministro, mais de 300 parlamentares já foram recebidos no Palácio do Planalto.
De acordo com Onyx, não houve tratativa de projetos específicos, apenas a aproximação para ouvir deputados. “Não abordamos questões pontuais dentro da nova Previdência ou projetos que estão tramitando”, disse. “Estamos neste momento aprofundando o diálogo [com os parlamentares], que acontece desde a transição [de governo]”, completou.
Onyx defendeu a aprovação da reforma da Previdência e afirmou que é normal que o Congresso faça ajustes no texto. “Essa nova Previdência não é um projeto do governo Bolsonaro, é um projeto de todo o país”, afirmou.
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Manifesto
Nesta terça-feira (26), líderes de 13 partidos (PR, SD, PPS, DEM, MDB, PRB, PSD, PTB, PP, PSDB, Patriotas, Pros e Podemos) divulgaram uma nota em apoio à reforma da Previdência, mas impõem condições. Os parlamentares pedem a exclusão da proposta de dois pontos: o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural.
Para o líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (DEM-BA), a retirada desses trechos é fundamental para proteção de pessoas abaixo da linha da pobreza no país. O manifesto, segundo Nascimento, pretende esclarecer à sociedade que a o Parlamento preservará os “mais pobres e mais vulneráveis” no texto da reforma da Previdência.
Relator
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ouviria nesta terça-feira (26) o ministro da Economia, Paulo Guedes sobre a reforma da Previdência, mas o encontro foi adiado para próxima quarta-feira (3). Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), a data foi escolhida porque até lá o relator da reforma na CCJ deverá ser escolhido.
Para Major Vitor Hugo, a decisão de Guedes de não comparecer à CCJ não significa desrespeito ao Parlamento ou à comissão. Com o adiamento da vinda de Guedes à CCJ, também foi adiada a audiência que estava prevista para esta quinta-feira (28), com juristas. Os especialistas irão à comissão debater a reforma quinta-feira (4) da semana que vem.