O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pode participar de uma audiência pública na comissão especial da reforma da Previdência já na quarta-feira (8). O relator da proposta no colegiado, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que a vinda do chefe da equipe econômica ainda é incerta, mas ele afirmou que alguém do governo participará do primeiro evento, que será nesta quarta-feira.
Vitor Hugo e Moreira se reuniram no período da tarde desta segunda-feira (6) no gabinete do líder para tratar sobre a reforma. Eles falaram que se tratou de uma reunião institucional. "Foi um primeiro contato e foi produtivo", disse Vitor Hugo.
Leia Também
- Fernando Bezerra quer aprovar reforma administrativa esta semana
- Sem reforma, investimento da União cairá a zero em 2 anos, diz Mansueto
- Moradores realizam evento para viabilizar reformas no Holiday
- Reforma da Previdência é inevitável e inadiável
- 'Reforma tem de poupar pelo menos R$ 850 bilhões', diz especialista
Ele afirmou que o governo quer aprovar a Previdência o quanto antes, mas não quer fazer nada com atropelos.
O líder demonstrou preocupação sobre um acordo de procedimentos na comissão especial e afirmou que a "oposição ultrapassou um pouco os limites na CCJ".
O deputado do PSL não quis falar sobre prazos e disse que o interesse do governo é que a votação aconteça na comissão quando se houver consenso sobre o texto.
A liderança fez um levantamento informal e identificou que há 36 deputados que poderiam votar a favor da reforma, mas com alguns ajustes. Moreira disse que ouvir o líder do governo é muito importante e que "desidratação é preocupação do Brasil inteiro".
Moreira voltou a dizer que hoje a Previdência está quebrada. "Amanhã, vamos apresentar nosso plano de trabalho na reunião da comissão especial."
Conclusão do relatório
Ele ressaltou que quer conversar com todos para concluir o relatório - governo, oposição e demais deputados. Ele admitiu que percebe que há indicação quase que unânime sobre a retirada do BPC e da aposentadoria rural do texto, mas que ainda não se decidiu sobre isso.
"Precisamos garantir uma boa meta fiscal. Se não resolvermos a Previdência, estaremos fadados ao fracasso", disse Moreira. "Não há garantia de direitos sem orçamento. Falar em direitos sem orçamento é conversa fiada."