Nordeste

Bolsonaro se encontra nesta quinta com governadores do Nordeste

Essa será a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro vai se reunir com os governadores da única região do País em que ele foi derrotado nas urnas

Mirella Araújo
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Mirella Araújo
Publicado em 09/05/2019 às 7:00
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Essa será a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro vai se reunir com os governadores da única região do País em que ele foi derrotado nas urnas - FOTO: Foto: Divulgação
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reunirá nesta quinta-feira (9), às 15h, com os governadores nordestinos, no Palácio do Planalto, em Brasília. Essa será a primeira vez que o pesselista se encontrará com os gestores do Nordeste, única região do País em que Bolsonaro foi derrotado nas urnas e que tem se mostrado contrária a diversas pautas defendidas pelo governo federal, como a reforma da Previdência. Nesta agenda, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), confirmou presença.

Bolsonaro encontrou 21 governadores e quatro vices, incluindo a do Estado, Luciana Santos (PCdoB), nesta quarta-feira (9). O encontro ocorreu na residência oficial do Senado, com a participação do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de líderes partidários. Com a expectativa de que o governo anunciasse medidas objetivas de socorro aos Estados, os governantes saíram frustrados do café da manhã.

Em carta ao presidente, eles cobraram seis ações do governo, mas não receberam qualquer compromisso com a pauta como resposta. A única promessa foi uma análise das demandas em uma semana.

A grande expectativa era sobre o Plano Mansueto, programa em elaboração pela equipe econômica com a promessa de permitir que Estados possam tomar dinheiro emprestado com aval da União. Com agenda no Rio, Bolsonaro saiu sem adiantar qualquer detalhe sobre o plano. “A grande realidade: estamos no mesmo barco e o mar não é de almirante. Se dermos as mãos e focarmos naquilo que interessa para o nosso Brasil, poderemos sair da situação que estamos”, afirmou.

Os seis pontos defendidos pelos governadores são: o chamado Plano Mansueto; compensação por perdas com a Lei Kandir (que desonera as exportações de tributos estaduais); manutenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); aprovação da securitização da dívida dos Estados; extensão dos ganhos com o megaleilão do pré-sal aos Estados; e apoio à PEC da redistribuição do fundo de participação dos Estados.

Frustração

Diante da frustração, o governador do Piauí, Welligton Dias (PT), disse que os nordestinos não estão muito animados para o encontro com Bolsonaro na tarde de hoje.

“Nós já tínhamos uma pauta entregue em janeiro com a participação da equipe dele (Bolsonaro), então nós imaginávamos que ele iria para dar uma posição do governo. Sabemos que há dificuldades, mas certamente cabe ao presidente definir o que é ou não possível. Então foi frustrante porque o primeiro momento, caminhamos sem uma resposta”, disse.

Presente no café da manhã de ontem, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu que os Estados estabeleçam prioridades e unifiquem as demandas apresentadas ao governo federal para aliviar as contas estaduais. “Não adianta criar várias demandas. O governo está disposto a ajudar, mas é preciso organizar esses pedidos. Não tem muito dinheiro, tem pouco dinheiro, e é preciso priorizar”, disse.

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, foi procurada pela reportagem para comentar sobre a reunião de ontem. No entanto, segundo sua assessoria, ela esteve em reunião durante todo o dia e, por isso, não poderia falar com o JC.

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