Com protestos em defesa da educação previstos em todo o País, nesta quarta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás, segundo o portal UOL, e determinou que não haja mais cortes orçamentários no Ministério da Educação (MEC). A decisão foi divulgada na noite desta terça-feira (14).
De acordo com o UOL, a ordem foi passada por telefone ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante a tarde. Líderes partidários que estavam reunidos com o presidente no Palácio do Planalto presenciaram a ligação.
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Corte de 30% na educação
O Ministério da Educação (MEC) havia anunciado o bloqueio de 30% da verba de todas as universidades e institutos federais no dia 30 de abril. Segundo o secretário de Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, a medida foi feita de "forma preventiva" e será aplicada no segundo semestre deste ano. No entanto, apesar de afirmar que o bloqueio foi feito "de forma isonômica", ou seja, em pé de igualdade, ele disse também que parâmetros estão sendo estudados parar identificar e definir quais universidades e institutos federais seriam afetados com um bloqueio menor que os outros.
Câmara convoca ministro da Educação
Em uma articulação rápida, deputados da oposição e do Centrão impuseram mais uma derrota ao governo de Jair Bolsonaro ao conseguirem aprovar a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao plenário da Casa já nesta quarta-feira, 15
De autoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a convocação foi aprovada por 307 votos a favor e 82 votos contra. A aprovação foi comemorada pela maioria dos partidos, com exceção do PSL. O pedido foi incluído na pauta da Casa durante a reunião de líderes no meio da tarde. Assim que o encontro acabou os deputados seguiram para o plenário e colocaram a medida em votação.
Weintraub será sabatinado nesta quarta-feira (15), o horário ainda não está definido. Ele é praticamente obrigado a comparecer, diante de uma medida como esta. Com a convocação, as comissões da Câmara devem suspender suas atividades amanhã, para que os parlamentares possam participar, inclusive o colegiado que analisa a reforma da Previdência.