Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quarta-feira (10), o presidente do MDB em Pernambuco, deputado Raul Henry, confirmou que a parlamentar Tabaral Amaral (PDT) teria dito pessoalmente ao pernambucano que votaria a favor da reforma da Previdência. "Tabata Amaral disse que votaria a favor da reforma, me disse pessoalmente", contou. Nessa terça-feira (09), a deputada foi ameaçada ser expulsa do ser partido caso votasse a favor da matéria.
Segundo Raul, o cenário do PDT não se aplica ao MDB, já que todos os emedebistas teriam fechado a favor da reforma da Previdência. "Fizemos uma reunião de bancada e não tinha nenhuma resistência contra a reforma da Previdência. Eu não vi nenhum deputado que votaria contra a reforma, então não há motivo para pensar em punição. O único partido que afirmou que puniria seria o PDT", afirmou.
Reforma da Previdência: conheça as regras para aposentadoria de professores
Reforma da Previdência: veja como ficam as regras de transição
Reforma da Previdência: saiba como fica a idade mínima
Reforma da Previdência: conheça as regras para aposentadoria de policiais
Reforma da Previdência: saiba como ficam a aposentadoria rural e o BPC
À rádio, Henry ainda disse que o plenário da Câmara dos Deputados volta a discutir a proposta nesta quarta. A próxima sessão, que deve votar o tema, deve começar às 10h30 e seguirá durante o dia.
Apesar do adiamento, o governo está otimista com a aprovação da reforma. São necessários 308 votos, mas a tendência é que os votos favoráveis sejam acima desse número. Um sinal disso foi a votação na noite de terça para retirar a reforma da pauta. Foram 331 votos contrários e 117 a favor, ou seja, a maioria votou com o governo.
Leia Também
- Depois de quase dez horas, Maia inicia discussão da PEC da Previdência
- Plenário da Câmara rejeita requerimento para retirar Previdência da pauta
- PDT ameaça expulsar Tabata Amaral se ela for a favor da Previdência
- Votação da reforma da Previdência fica para esta quarta-feira
- Temos condições de votar a Previdência em dois turnos nesta semana, diz Maia
EMENDAS
Com o objetivo de aumentar o apoio na Câmara, o governo de Jair Bolsonaro liberou R$ 1,13 bilhão em emendas parlamentares voltadas para a área da saúde. A decisão está formalizada em 37 portarias editadas na segunda-feira, 8, à noite em duas edições extraordinárias do Diário Oficial da União (DOU) publicadas com data da segunda-feira.
Levantamento da ONG Contas Abertas, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que, nos primeiros cinco dias de julho, o governo empenhou R$ 2,5 bilhões de emendas parlamentares. A reportagem não detalha se nesse montante está incluído o valor da liberação da saúde.
Além dos valores, as portarias indicam municípios de vários Estados que estão habilitados a receber os recursos das emendas, que, segundo o ato, serão aplicados para "incremento temporário do Limite Financeiro da Assistência de Média e Alta Complexidade (MAC)".