Membros da Polícia Federal (PF), da Receita e do Ministério Público reafirmaram nesta quarta-feira, 31, na deflagração da 62ª fase da Lava Jato, nomeada de Rocky City, que a operação segue em curso e que ainda há crimes que têm de ser desvendados.
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Em coletiva de imprensa em Curitiba, o coordenador da operação pela Polícia Federal, Tiago Javarotti, disse que a ação desta quarta-feira "dá claros indícios que há um longo caminho a percorrer no combate aos crimes de corrupção e desvio de recursos públicos".
Com uma equipe de 120 policiais, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e três dos cinco de prisão temporária. A prisão preventiva de Walter Faria, executivo do grupo Petrópolis, ainda não foi realizada.
A equipe investiga a ligação dos grupos Petrópolis e Odebrecht em um esquema de lavagem de dinheiro para posterior pagamento de propinas. Estima-se que foi levantado R$ 340 milhões.
De acordo com os investigadores, havia duas frentes. A Odebrecht transacionava no exterior recursos de propina com o grupo Petrópolis em uma delas. Em outra, o grupo Petrópolis fazia doações eleitorais direcionadas pela Odebrecht, e conseguia desconto em obras que a construtora fazia em suas unidades.
"O grupo Petrópolis agiu como banco de propina da Odebrecht, realizando a gestão, a disponibilização e a destinação de valores a pagamentos ilícitos. Tanto para pagamentos ilícitos no País, em espécie, tanto para doações eleitorais", comentou o procurador Felipe Camargo.
Defesas
"O Grupo Petrópolis informa que seus executivos já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes. Informa também que sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos"
A reportagem busca contato com a defesa do empresário Walter Faria. O espaço está aberto para manifestações de defesa.