A caravana em defesa da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Nordeste chegou ao estado da Paraíba neste domingo (1º). Ao lado do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad seguiu pelas ruas do município de Monteiro, no Sertão paraibano, em carro aberto. Ao falar com a imprensa, o petista afirmou que o presidente da República Jair Bolsonaro demonstra desprezo pela Região Nordeste.
Leia Também
- Lula deve ser solto até o fim de setembro, diz Haddad no Recife
- TSE julga improcedente ação de candidatura de Bolsonaro contra Haddad
- Haddad diz que Bolsonaro vive em 'mundo paralelo'
- Fachin nega liminar em ação que Lula pede suspeição de procuradores da Lava Jato
- Com base no caso Bendine, Lula pede ao STF anulação de três ações
- Fernando Haddad vem ao Recife neste sábado para ato público
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffman, o senador Humberto Costa (PT), a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB), e os deputados federais João Campos (PSB) e Carlos Veras (PT) também acompanharam a caravana.
Haddad falou rapidamente com a imprensa e criticou Bolsonaro e cobrou a retomada das obras de transposição do Rio São Francisco. “A transposição é a obra mais importante para a segurança hídrica do Nordeste. Se a gente mantiver um canal sem água, vai se deteriorar, tem que manter a água passando constantemente para manter o canal em ordem e não deteriorar, se não vai ter que fazer de novo e gastar dobrado. É um absurdo o que está acontecendo aqui”, classificou.
O nome do PT para a disputa presidencial nas últimas eleições afirmou que Bolsonaro demonstra desprezo pelo povo no Nordeste. “Só porque o povo tinha uma outra opinião sobre a eleição ele resolveu marcar a região, como se fosse uma região que tem que ajoelhar para receber o que é de direito”, disse.
Saudações
Ao ter a palavra durante a caravana, a vice-governadora de Pernambuco Luciana Santos, utilizou o espaço para saudar nomes como Manuela D'Ávila e Gleisi Hoffman, além de também disparar críticas contra Bolsonaro.
"Este ato é contra o desmonte operado por esse capitão reformado que está na presidência da República. Quero saudar Haddad que é símbolo da nossa bandeira, do nosso projeto eleitoral que levou o Brasil ao segundo turno e teve 47 milhões de votos e nós vamos manter acesa a chama do projeto que ele representa, que é o legado do maior presidente que o Brasil já teve, Luiz Inácio Lula da Silva", disse.
Em seu discurso, Luciana lembrou que, na última sexta-feira (30), a ex-candidata a vice-presidência de Fernando Haddad, Manuela D'Ávila (PCdoB), entregou à Polícia Federal o seu celular que também foi hackeado, e afirmou que o conteúdo publicado pelo site The Intercept, intitulado 'Vaza Jato' corrobora que a prisão de Lula é uma prisão política.