EX-CANDIDATO DO PT

Sergio Moro já está condenado no exterior, diz Haddad

O petista disse ainda que a Lava Jato foi criticada por 'todos os juristas que foram elogiados pela operação ao longo dos anos'

JC Online
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Publicado em 15/10/2019 às 10:58
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O petista disse ainda que a Lava Jato foi criticada por 'todos os juristas que foram elogiados pela operação ao longo dos anos' - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem
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Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (15), o ex-candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, afirmou que o ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, já está condenado no mundo.

"No Brasil ainda existe uma certa disputa, porque tem gente que gosta do Moro, isso faz parte da democracia. Mas no exterior, Moro já está condenado", disse Haddad.

Segundo o petista, a Lava Jato foi criticada por "todos os juristas que foram elogiados pela operação ao longo dos anos". Ele falou ainda que a suspeição de Moro só está discussão no Brasil, pois no exterior o ex-magistrado já seria considerado suspeito.

"Todos os juristas que foram elogiados pela Lava Jato ao longo dos anos já se manifestaram contra a parcialidade da operação, no que diz respeito ao Lula. Isso não está em discussão no mundo, está em discussão aqui só", falou o petista, segundo quem, Moro já é suspeito em outros países.

Prisão em 2ª instância

Questionado sobre as expectativas para o julgamento sobre a prisão após condenação em segunda instância marcado para esta quinta-feira (17) no Supremo Tribunal Federal (STF), Haddad disse que espera que o Brasil volte à normalidade democrática e explicou que independente da decisão do STF, presos considerados perigosos não serão soltos.

"Nós estamos na expectativa de o país voltar à normalidade democrática com esse julgamento, que, independente do resultado, não vai impedir que um juiz prenda preventivamente criminosos que estão colocando em risco a sociedade. Isso não está em discussão no STF", explicou. "Espero que as pessoas não entrem na conversa de gente que faz terrorismo dizendo que o Supremo vai colocar pessoas perigosas para fora da cadeia", completou.

Segundo Haddad, entre 2009 e 2016, no Brasil, apenas pessoas que representavam perigo para a sociedade poderiam ser presas antes do julgamento ser concluído e não caber mais recursos.

"De 2009 a 2016, a jurisprudência é de que as pessoas só poderiam ser presos após o trânsito em julgado. Nem por isso as pessoas perigosas foram soltas, elas continuaram presas", disse.

Para o ex-presidenciável, atualmente há pessoas querendo colocar a população contra as instituições, o que ele classifica como destruição da democracia.

"Querer colocar a população contra as instituições seria destruir a democracia e isso não é bom pra ninguém", disse.

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